ESQUEMAS DE COSMOLOGIA - 03

 

 

II - UNIVERSO NA HISTÓRIA, HISTÓRIA DO UNIVERSO: faces da Cosmologia.

 

A)- A IDADE GREGA. Fisiólogos, meteorólogos e cosmólogos (Tales a Ptolomeu).

 

1. NEM TUDO COMEÇA NA JÓNIA. O "Mito Egípcio" da Criação.

 

I. COSMOGONIAS

A. Narrações de tipo CRIACIONISTA.

1. Intervenção de Ser superior ao Homem:

2. Passagem do Caos primordial à Ordem.

3. Distinção face à criação "Ex nihilo".

B. A ideia de DEMIURGO.

1. Ser que opera sobre criação já existente.

2. Ser que muda o plano do Ser Supremo.

3. Ser que contraria o Ser Supremo, enganando-o.

4. Conceito de "DEMIURGO-TRICKSTER":

5. Pluralidade de "formas vivas"

6. O MITO DO COIOTE. (Califórnia Central).

a. A origem de tudo é a ÁGUA.

b. Aparece 1 nuvem no Céu.

c. Da nuvem nasce o COIOTE.

d. Levanta-se uma Bruma prateada.

e. Da bruma nasce a Raposa prateada.

f. Os 2 animais dão origem às coisas FALANDO E/OU PENSANDO.

7. OPOSIÇÃO DE 2 PRINCÍPIOS NA CRIAÇÃO:

a. Deus benéfico que se desinteressa do Cosmos.

b. Deus maléfico que intervem posteriormente.

c. As funções destes "princípios divinos" são a de resolver problemas de IMPERFEIÇÕES CÓSMICAS.

8. - O PODER DA PALAVRA na passagem CAOS-COSMOS:

a.  Bíblia.

b.  Narração mesopotâmica - ENUMA ELISH.

9. - O PODER DO SACRIFÍCIO na passagem do CAOS ao COSMOS:

a. Criação indiana - PRAJAPATI.

b. Criação egípcia - Assassinato de OSIRIS

c. Associação com algumas vertentes "dissimuladas" da mundividência cristã:

(1) Ideia de "sacrifício":

(2) Cristo e "vítima".

(3) Renovação do sacrifício e "missa".

 

 

II. DO MUNDO PRIMORDIAL AO MUNDO ACTUAL. Transição do CAOS ao COSMOS:

A. Luta primordial entre "deuses".

B. Este conflito leva à dupla "derrota/vitória".

C. O Mundo emerge deste conflito.

D. Conceito de TEOMAQUIA.

E. Conceito de Teogonia não se aplica a religiões de tipo CRIACIONISTA/MONOTEÍSTA, porque:

1. A divindade está nas "origens" e nada a origina.

2. Utilizam a noção de eternidade/perfeição para um modelo de criação que tende para "ex nihilo".

 

III. O MITO EGÍPCIO DA CRIAÇÃO COMO MODELO CONCEPTUAL.

A. Conceitos associados com a ideia de "TERRA":

1. "Terra negra".

2. "Amada".

3. "Desejada".

B. O apelo dos CONTRÁRIOS.

1. A dupla ÁGUA - SOL.

2. A dupla VERDURA - ARIDEZ.

C. Papel da oposição DESERTO-NILO:

1. O Nilo como fonte de Vida.

2. Referência às cheias periódicas:

a. Nível mais baixo=início de Junho.

b. Nível mais alto=início de Setembro.

3. O solo após as cheias como 1ª imagem da Criação.

4. O milagre do ciclo anual da vida como um regresso às Origens.

D. A cartografia mítico/imaginária do Egipto:

1. Eixo fluvial --- a orientação SUL-NORTE.

2. Eixo solar --- a orientação ESTE-OESTE (SOL).

3. O Egipto como cruzamento de 2 eixos.

4. A dominante SUL --- nascente do Nilo e equivalência com meio fundamental à manutenção do ciclo da vida.

5. A dialéctica mão esquerda/mão direita:

a. ESQUERDA = ORIENTE/nascer do Sol.

b. DIREITA = OCIDENTE/pôr-do-Sol.

E. REPRESENTAÇÕES DA TERRA:

1. "Disco" com zonas concêntricas tendo o Egipto como centro.

2. Oposição Terra cultivada/deserto.

3. A expressão que tem a função de significação, tanto pode referir-se a:

a. DESERTO=sentido usual e contemporâneo do termo.

b. DESERTO=Estrangeiro.

4. A ideia de MONTANHA DE OCIDENTE.

a. Associação MORTE/NECRÓPOLE.

b. Correlação com o trajecto nocturno do Sol (OSIRIS).

(1) IMAGEM DO CÉU CONCEBIDO COMO:

(a) Corpo da DEUSA NOUT (Céu).

(b) Cúpula celeste.

(2) Visão do Sol nestas variantes:

(a) Disco alado no corpo de NOUT.

(b) Barca que atravessa o rio celestial.

(3) Visão da LUA/ESTRELAS nestas variantes:

(a) Pigmentos no corpo de NOUT.

(b) Pequenos barcos à superfície do rio celestial.

5. Para além do Egipto e das terras habitadas encontra-se a ÁGUA, vista como OCEANO PRIMORDIAL e APROXIMAÇÃO AO CAOS.

6. IDEIA DE MUNDO FECHADO --- referência à interpretação da MORTE neste contexto:

a. Como crença vegetativa na sobrevivência, implicando:

(1) Mumificação.

(2) Papel e significado da arte funerária.

(3) O sentido da dupla oferenda/sacrifício.

b. Como REINO DOS MORTOS que pode interpretar-se em:

(1) Belo Ocidente.

(2) País de Osiris.

(3) DOUAT.

c. As características deste "reino" associam-se imaginariamente com:

(1) País lacustre e fértil.

(2) Mitos que envolvem o tema da "Barca" e a simbologia dos "caminhos".

 

IV. O EGIPTO COMO CIVILIZAÇÃO SOB O ASCENDENTE SOLAR.

A. A ideia de sociedade camponesa e Império Agrário.

B. A importância dos CALENDÁRIOS:

C. A HISTÓRIA DO MUNDO (CRIAÇÃO)

1. No "princípio" era o "NOUN".

a. Substância primordial "in-criada".

b. Características híbridas:

(1) Massa aquática.

(2) Mistura Terra/Água

2. Anotar a analogia entre "NOUN" e terrenos agrícolas numa fase de recessão anual da cheia periódica do Nilo.

3. A passagem do pré-mundo ao Mundo (CAOS/COSMOS) faz-se por cenários alternativos:

a. Ideia de OVO PRIMORDIAL numa diferenciação do NOUN.

b. Ideia de FLOR CONTENDO O SOL.

c. Ideia de LOCAL PARA O DEMIURGO ACOSTAR.

4. CRIAÇÃO e Arquétipo de ORDEM = "MAÂT".

5. A pressão sistemática do CAOS sobre a CRIAÇÃO:

a. Água primordial ("NOUN") continua a envolver o Universo.

b. Papel dos templos/ritos/ na manutenção de "MAÂT".

c. O Templo como local de acordo com o Arquétipo primordial.

d. A ideia de "Dilúvio".

D. A CATÁSTROFE FINAL.

1. Regresso da Terra ao Oceano original ("NOUN").

2. Caos e cheias anuais.

3. Sentido de precaridade e fragilidade da Criação.

 

V. CONCLUSÃO E SÍNTESE:

A. Necessidade de utilização de "alguma substância" como matéria-prima da criação.

B. Divinização da "substância primordial".

C. Associação desta substância com uma entidade que prefigura o CAOS.

D. Utilização de DEMIURGOS E HERÓIS FUNDADORES.

E. Recusa a concepções que arranquem do conceito de "NADA".Cosmogónicos. Origem do Mundo e da Natureza na sua totalidade.